Atividade das fábricas no Japão cresce em ritmo mais rápido desde 2018

A atividade das fábricas no Japão se expandiu em abril no ritmo mais rápido desde o início de 2018 devido a uma recuperação da demanda global, mostrou uma pesquisa do setor privado nesta sexta-feira (30), embora novas restrições para conter o coronavírus tenham lançado uma sombra sobre a perspectiva econômica geral.

A expansão da atividade destaca que os fabricantes vêm obtendo forte demanda externa, principalmente da China, que constitui a base para manter intacta a recuperação econômica após a queda acentuada em meio à pandemia no ano passado.

O índice au Jibun Bank Japan Manufacturing Managers Index (PMI) subiu para 53,6 pontos ajustados sazonalmente em abril, sua expansão mais robusta desde fevereiro de 2018, depois de um registro de 52,7 pontos no mês anterior.

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A atividade manufatureira ficou acima do limite de 50,0, que separa a contração da expansão, pelo terceiro mês consecutivo.

A pesquisa PMI mostrou que a produção também cresceu em seu ritmo mais rápido desde fevereiro de 2018, enquanto a contratação de novos graduados no início do ano fiscal do país em abril e as necessidades de maior capacidade devido ao aumento de pedidos impulsionaram a taxa de criação de empregos.

Os fabricantes viram os preços dos insumos subirem pelo 11º mês com a alta demanda por bens intermediários usados ​​na produção de carros e eletrônicos.

As empresas relataram uma perspectiva positiva de atividade de médio prazo, disse Usamah Bhatti, economista da IHS Markit, que compila a pesquisa.

Ainda é cedo para dizer exatamente que impacto o terceiro estado de emergência para Tóquio, Osaka, Hyogo e Quioto, declarado na semana passada para conter a pandemia, teria sobre os fabricantes nos próximos meses.

A pesquisa mostrou que as expectativas de produção das empresas para o próximo ano estavam em linha com a previsão da IHS Markit de crescimento da produção industrial de 7,7%, disse Bhatti.

“Isso não recupera totalmente a produção perdida com a pandemia em 2020”, disse ele.

“Mais interrupções no setor de manufatura não podem ser descartadas, já que as restrições são reintroduzidas enquanto as infecções aumentam